quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mudança...

Olá, pessoas... Novamente venho informar mudanças por aqui...

Estou transferindo esse blog para o Wordpress...

Por isso, se é que alguém lê esse blog, por favor mudem no Blogroll de você o endereço do In My Chaos, que agora será:

http://inmychaos23.wordpress.com

Espero por vocês lá!

sábado, 7 de novembro de 2009

Mudança a constancia

Os dias passam e surpresos (se é que haveria qualquer necessidade disso) notamos que nada mais é o mesmo. Ainda que olhe para o mesmo rio várias vezes, perceberá que nunca estará olhando para a mesma porção de água novamente, já diziam os budistas. As coisas vão chegando ao seu limite, outras apenas começaram e ainda que pense que é só o fim, para nosso grande assombro tudo é só o começo. Assim é que morremos a cada expiração.

Ninguém tem o direito de destruir, estragar e magoar só porque está triste. Ninguém tem o direito de arregaçar as mangas e levar todo mundo a loucura só porque não teve um bom dia. Mas, outros, entretanto, têm o poder de colorir a vida como uma tela em branco e esses parece sumir às vezes em meio à névoa da confusão cotidiana que se instala em cada mínima parte de nossa mente, caótica-mente. Nuvens cintilam a atmosfera mental e acho que acabei de ouvir uma trovoada em minha cabeça.

Sensação de loucura, eu aceito, logo que nada está sob o meu controle, algo muito maior que eu dirige esse carro louco agora e estou no banco do passageiro só esperando pela próxima paisagem. E quando seus olhos perseguem todo aquele horizonte, nós nos questionamos o que temos feito diante das coisas que devíamos apenas contemplar. Ensine-me isso, doce lobo, ensine-me a contemplar, porque tudo o que sei é me jogar, jogar em qualquer precipício que me deslumbre. Pegue a minha mão, diga que está tudo bem esta noite e mostre-me o lugar seguro onde acampamos.

O vento sacode as persianas e por um momento não sei se sou o próprio vento, correndo por um mundo devorador, cavalgando pelos estados de percepção e quando os devaneios tornam-se toda esta realidade, cara, então temos de sentarmos e observarmos porque isso é tudo o que mais temos como real. Você sabe, eu voei pelo mundo, conheci lugares onde poucos realmente estiveram e lá, na distância infinda de um mundo bizarro, você segurou minha mão e dentro de minha confusão fez me sentir que estava tudo bem.

É assim mesmo, confuso e monstruoso, é assim mesmo, segue adiante...

Noite, o vento procura vencer o calor, o terrível calor que aquece os copos frios sobre a mesa, um brinde a Freyja, um conto de paixão, deslumbramento e loucura, e, a musica, sim a musica fala sobre o templo do amor e se isso não foi uma sincronicidade, talvez aquele estado meditativo que me assolou tão de repente, só me fez correr por ruas vazias num estado de espírito duvidoso. Mas, não questiono o toque suave da brisa que imita seus movimentos, não, são apenas espectros noturnos que imitam o nosso canto. Doce encanto, no lar, na chuva, ao cantar no vento um mantra sereno procurando um lobo.

Fumaça, cigarros, ventanias, leis... Bem-vinda ao mundo que vivemos, um ato estranho, um beijo silencioso, as sombras não puderam nos esconder, o doce cantar da madrugada, a cerveja me embriaga e mal começa o dia... Dia travesso cheio de sol e brincadeiras, no celular a mensagem rápida de alguém que escolheu entrar na minha vida. Mais uma pessoa, mais um dia e nada mais é como era ontem. E ao longe no horizonte aquele lobo me vigia e eu sorrio pronta para encarar o dia.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Praça

Sento num velho banco de concreto numa praça feia e suja, talvez nem devesse mencionar que fedida também. Os fones nos ouvidos porque sinceramente não consigo viver sem musica. A sensação de estar sendo observada ou questionada me incomoda... As pessoas sempre querem saber o que uma maluca com uma mochila nas costas está fazendo sentada numa praça às oito da manhã. Ou talvez não, talvez fosse somente aquela necessidade de auto-importância que me impele a criar algo como egocentrismo, achando que o mundo gira em torno do meu umbigo.
Deixo um pouco minha timidez infundada de lado quando vejo teias de aranhas balançando ao vento presas somente a uma arvore, uma arvore muito próxima a mim, tão próxima que eu podia sentir sua respiração de arvore, seja isso o que for. É impressionante descobrir um pensamento fugaz que se prende em sua consciência e por um momento você tem toda a certeza do mundo que aquela arvore e que todas as outras arvores do mundo não gostam de você e nem de ninguém da sua espécie. E por um momento, enquanto cachorros pretos passeavam atrás de mim, eu notei que gosto mais de cachorros do que de arvores. Eu sei, isso não parece fazer sentido algum, e não faz mesmo, só pensei no óbvio.
A idéia de viagem no tempo, de tecelagem e destino passa em minha cabeça. Bendita teia de aranha, bendito amigo que me ensina coisas por e-mail. Não importa o que nós pensamos a respeito de tudo, no final das contas às vezes sinto que somos influenciados por algo muito maior e bem mais impessoal do que julgamos, figuras que bailam ordenadamente num turbilhão de caos. E eu luto para não me perder, para não perder o meu objetivo, tentando me lembrar constantemente o que exatamente me trouxe aqui. E sinceramente, foram pequenas escolhas e decisões dentro de uma confusão que criou tudo isso e nesse bailado de ações sem nexo é que talvez algo muito maior se forme.
Às vezes passa em minha mente que eu devo me lembrar de quem eu sou, lembrar das coisas em que acredito, notar tristemente que nem tudo é exatamente do modo como eu queria que fosse e lidar com minhas escolhas anteriores, nas pequenas crenças que eu fiz das pessoas e lidar com a minha frustração ao notar que eu estava tão cega pelo desejo que jamais pude ter uma visão clara sobre tudo. Quando você faz parte de algo, você realmente faz parte de algo. Sou uma célula dentro de um corpo maior e tudo o que eu tenho que fazer é desempenhar a minha função.
De qualquer forma, como levar tão a sério qualquer idéia? Uma hora esse universo vai explodir mesmo, queiramos ou não e enquanto tentamos buscar uma idéia maluca de sermos importantes e agentes essenciais para o pulsar de vida do universo, nos esquecemos que nós mesmos somos pequenos fantoches guiados por uma força muito maior e impessoal. Pequenos pedaços de algo imensurável. Mas, esse foi o caminho que eu escolhi para mim quando eu ouvi o chamado, sem entender de nenhum modo o que era o chamado.
Grandes verdades universais, descobertas fundamentais, mecânicas e desenvolvimentos... Deixe-me falar de mim, já que nada mais no mundo vai se importar em falar sobre mim além de mim mesma e quando eu me for, não terei deixado nenhum passado de glória, embora creio que serei lembrada, de alguma forma e isso seria imortalidade, talvez. E isso porque eu quero fugir de minha auto-importância. Que se dane, eu só quero ser eu mesma e mensurar minhas minúsculas mudanças nesse processo. Não eu não sou tão banal quanto as pessoas podem pensar por aí e nem quero ser o protótipo de uma nova raça, uma nova espécie, mas sou uma guerreira e encontrei algo dentro de mim hoje e isso não faz sentido ainda, estou apenas tentando ser um pouco melhor, um pouco mais nobre, um pouco mais justa. Não com os outros, nem com o mundo, eles sobrevivem por eles mesmos, falo de mim.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Melancolia

Pra variar mais uma musica na trilha sonora da minha vida, é a musica que me toca no momento (há muito Iced Earth não fazia parte de minha trilha sonora)... Melancolia... É assim que me sinto hoje.


Melancholy (Holy Martyr) Melancolia (martír sagrado)

Make the sadness go away Faça a tristeza ir embora
Come back another day Volte outro dia
For years I've tried to teach Por anos eu tentei ensiná-los
But their eyes are empty Mas seus olhos estão vazios
Empty too I have become Vazio também eu me tornei
For them I must die Por eles eu devo morrer
A sad and troubled race Uma raça triste e problemática
An ungrateful troubled place Um lugar complicado e ingrato

I see the sadness in their eyes Eu vejo tristeza em seus olhos
Melancholy in their cries Melancolia em seus prantos
Devoid of all the passion Devotos de todas as paixões
The human spirit cannot die O espírito humano não pode morrer
Look at the pain around me Veja a dor em volta de mim
This is what I cry for É por isso que choro
Look at the pain around me Veja a dor em volta de mim
This is what I'll die for É por isso que vou morrer

Make the sadness go away Faça a trsiteza ir embora
Come back another day Volte outro dia
The things I've said and done As coisas que disse e fiz
Don't matter to anyone Não importam para ninguém
But still, you push me to see Mas ainda, você me força para ver
Something, I can never be Alguém que eu nunca poderia ser
Why am I their shattered king? Porque eu sou o rei em pedaços?
I don't mean anything Eu não significo nada

I see the sadness in their eyes Eu vejo tristeza em seus olhos
Melancholy in their cries Melancolia em seus prantos
Devoid of all the passion Devotos de todas as paixões
The human spirit cannot die O espírito humano não pode morrer
Look at the pain around me Veja a dor em volta de mim
This is what I cry for É por isso que choro
Look at the pain around me Veja a dor em volta de mim
This is what I'll die for É por isso que vou morrer

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Lar

O sangue frio da cidade me chama para o lar.
Lar.
É o que eu
desejo.
Voltar para o lar onde eu pertenço.
– Home, Dream Theater.


Pegue um pequeno pedaço do meu mundo, querido e depois me diga o que é que você vê. Porque tenho cruzado essas fronteiras e não importa sobre o que exatamente eu estou dizendo, mas algo tem mudado. Eu estou seguindo adiante nesse mundo estranho e eu sei que muitas vezes não parece, mas eu tenho estado com você o tempo todo. E então eu disse que você estava debilitado, mas no momento exato todos nós nos levantamos.
O vento sopra tão ferozmente que eu sinto medo e talvez isso parece ser irreal para você, como muitas vezes é tão surreal para mim. Então, pergunta-me se eu estou sonhando e eu já não sei mais onde eu estou. Olho mais uma vez para a cidade fria e tento encontrar um bom motivo para me manter sólida, para não me desfazer diante de seus olhos como uma miragem no deserto. Peça-me para calar e já não saberei mais o que é som ou silêncio.
Enquanto caminha por estas ruas sujas, o vento carrega para longe a poeira que seus pés levantam e em meio a tanta gente você escuta alguém chamar o seu nome. Nenhum conhecido, ninguém que você se lembra e talvez comece a se perguntar silenciosamente se está sonhando. Viver é em si um sonho, um sonho que sonhamos enquanto estamos despertos, se é que podemos chamar isso de despertar. Eu falo como se soubesse o que eu estou falando.
Aos poucos nossos pés nos levam para onde devemos ir, esperamos fazer com que estejamos preparados para estar onde exatamente devemos estar. E eu desejo o meu lar, seja ele o que for, uma casa ou seus braços, mas no meu lar é onde eu desejo estar...
De um modo bem estranho sinto que não sou mais a garotinha que era há duas semanas atrás, algo aconteceu, algo muito grandioso aconteceu e aqui estou, tentando entender todas as mensagens que eu leio, tentando me manter sóbria, tentando me manter lúcida. Mas, às vezes esse outro mundo é muito mais forte que eu e ele me puxa como se eu estivesse presa num cabo e eu luto para ficar, para me dar um motivo para não ir pra lá de uma vez. Eu disse que eu desejo um lar? Porque às vezes sinto que não pertenço a nenhum lugar.
E essa saudade maluca de algo que eu não sei bem o que é parece desejar dilacerar meu coração, ou destruir de uma vez todo o meu corpo e eu espero entender o que tudo isso quer dizer, entender os telefonemas malucos que eu recebo que pedem para que eu decifre coisas que eu não sei decifrar e eu esperava ter um pouco mais de sabedoria, um pouco mais de desapego e um pouco mais de sobriedade.
Mas, resta-me sonhar, sonhar para tentar mesclar esses mundos num único sem que eu tivesse que estar, fosse o que fosse, tentando me preparar para isso. Já nem sei mais o que eu devo ou não fazer, o que eu posso ou não fazer e sinceramente, às vezes eu sinto falta de todas as tolices que eu gostava de pensar sobre nós. Porém, sei que essa é a maior tolice que eu posso desejar nesse momento, porque seria mais que tolice desejar a loucura e o empobrecimento de meu espírito em prol de um amor efêmero que não pode me levar adiante.
Tudo bem. Eu ainda quero que pegue um pedaço de meu mundo e me diga o que ouviu dessa vez. Porque certamente a velha lhe dirá que enquanto estiver obcecado por isso, enquanto estiver cego pelo seu desejo, você jamais vai conseguir alcançar aquilo que tanto deseja. E dentro dessa febre, você não pode notar, não pode notar sequer o rosto que você mira no espelho. E meu bem, não existe nada mais pavoroso.

domingo, 9 de agosto de 2009

Eros? Casa? Quem?

“Eu lembro que me disseram que há um novo amor que nasce para cada um que
morreu”. - Dream Theater em Home

Enquanto eu escuto a musica, algumas pequenas imagens de um sonho perdido no esquecimento tentam saltar a consciência. A noite cai lentamente e eu penso que tenho a sensação de que as coisas acontecerão mais rapidamente, as coisas simplesmente fluirão. As vozes falam por todos os lados, os deuses falam de todos os lados e eu estou rodando dentro de um turbilhão, um turbilhão de coisas acontecendo.
E eu vejo que uma enorme porta se abre e bem, eu gostaria de estar falando sobre amor agora, sim, eu gosto do amor, Eros simplesmente adora dançar sobre minha cama e me mostrar as terríveis mazelas de suas habilidades e embora eu temo tais flechas, eu ainda sorrio toda vez que eu o vejo dançar. Dançar sobre os lençóis sujos, dançar nas ruas onde se mescla com a poeira que o vento sopra, dançar junto a mim quando me esqueço do amor porque eu estou ouvindo alguma musica que eu gosto muito.
E o vento sopra, talvez eu escute ainda sua voz sussurrando alguma coisa nesse vento, talvez eu não escute nada além de meus próprios pensamentos. O que vamos pensar? Bem, o mundo continua girando e os caminhos agora estão abertos para mim. Eu sinto muito, mas vejo como se eu te deixasse num lamaçal e eu não tenho a menor piedade. Talvez porque eu sei que cedo ou tarde você se levantará daí e me virá com uma grande surpresa, uma linda história de glória para contar.
Parto sem deixar vestígios, ninguém se importa, as malas não são pesadas porque eu não carrego nada, somente esta parte enorme que retornou para mim e me fez sentir viva novamente. Às vezes eu acho que sinto medo, às vezes eu acho que fantasmas me rodeiam e aquelas vozes parecem falar sobre isso tudo, sobre eu e sobre você. E quando um sorriso aparecer no espelho, então meu querido, você saberá que acabou de vencer o mundo.
Eu te contarei uma história, uma linda história e talvez você ficará surpreso quando sentir que é o personagem principal dela, mas deixe sua consciência expandir, é disso que você precisa agora, porque senão não entenderá qualquer história que eu te contar, tampouco conseguirá te ver lá no papel principal. Maldita cegueira. Estou um passo a frente, mas não acredito que isso irá nos separar, só acho que seguiremos por estradas diferentes agora, para nos encontrarmos quando for a hora, ali na próxima encruzilhada.
Mas, relaxe! Eu acredito que um novo amor nasce para cada amor que morre e isso tem mais sentido pra mim agora, do que para você. É assim que os deuses querem cantar a nossa canção. A canção de todos nós. Eu e meus amores loucos, tenho todos eles e nenhum e embora eu esteja completamente sozinha, sinto-me bem assim, melhor assim. Não, se vier, por favor, venha com o banquete inteiro, está falando com a realeza, não pode só me dar migalhas.
Leve-me para casa, leve-me para casa e diga que eu estou louca, chacoalhe-me e me mostre o quanto eu estou errada... Mas, se não puder, se não puder... Por favor, deixe-me sozinha.

domingo, 19 de julho de 2009

Uma substância amigável.

Sempre tem uma musica que fala exatamente sobre mim no exato momento em que eu a vivo. Como disse um velho amigo meu: “Tem coisas que não mudam nunca” e essa é uma delas. Eu mesma gosto de infligir tormento em minha mente, ontem ela estava a todo vapor, não parou sequer por um minuto e eu vivi algumas coisas as quais talvez estivessem mais que na hora de eu viver.

Conversei novamente com um ex meu. E enquanto a gente conversava, tudo o que eu me perguntava era: “Como eu consegui ficar com ele e me apaixonar daquele jeito?”. Sim, ele é um cara bonito, muito bonito, bem sucedido e... isso é tudo pessoal. Acho que minha decepção ao notar que o tempo que eu havia perdido com ele em minha vida foi tão grande, que ele mesmo notou e tentou fazer piada, passando-se de “aquele que faz as mulheres rirem”, piadas as quais eu não via a mínima graça, porque não havia nada de inteligente naquilo.

Todo mundo que realmente me conhece sabe que eu não sou a mais séria do bando e que falo mais besteiras do que as pessoas realmente esperam de mim, tenho mesmo essa faceta brincalhona, porém eu estou farta de gente vazia, de gente burra, de gente que não quer saber de buscar ser melhor, ou de entender, ou de no mínimo pensar. Tudo o que as pessoas têm pensado ultimamente é aquilo que a mídia dizem para elas fazerem, trabalhe feito um louco, acumule o máximo de bens que conseguir e case-se com uma mulher bonita, tenha uma amante mais bonita ainda, assista à novela das oito, coma a sua mulher e durma para trabalhar no dia seguinte.

Foi esse mesmo terror que me acometeu quando eu fui à casa de minha irmã mais velha esses dias. Eu entrei na casa dela e estava ela e o marido dela na sala assistindo a novela, já passei uma temporada na casa deles e eu sei que é assim, então eu me sentei no sofá e parei para observar aquilo, ambos sequer se olhavam ou se falavam, vidrados na novela, então provavelmente eles terminariam de assistir seus programas de tv favoritos, iriam dormir para depois trabalhar e assim sucessivamente.

EU NÃO QUERO VIVER ASSIM!

Eu não quero ter bom gosto, eu não quero ter bom senso, eu não quero ter bons modos a não ser que seja por uma justa causa, aliás eu ainda vivo nesse mundo. Mas, sinceramente tem momentos em que eu não queria estar aqui de modo algum, eu não quero ser obrigada a aturar pessoas que não me agradam simplesmente porque eu não quero magoá-las. Porra! Ninguém vai viver minha vida em meu lugar, cara, não posso ceder e viver novamente aceitando coisas que eu não quero aceitar simplesmente para não magoar o outro, porque a minha vida quem vive sou eu.

Imagine ter de passar uma vida inteira em prol de não magoar os outros, aceitando viver com um cara, tipo meu ex bonitão e sem cérebro, insatisfeita (por que quem é que consegue viver assim e ser feliz?) e quando estiver com os meus netos ao meu redor, contar pra eles que eu nunca fiz coisas grandiosas, porque tudo o que eu queria era estar acompanhada e tudo o que eu encontrei que me parecia seguro era o sem-cérebro com quem eu me casei e que embora eu não fui muito feliz porque passei minha vida inteira assistindo novela das oito e trabalhando, eu tive segurança e um pouco de dignidade. Ah, fala sério.

O papo na mesa do buteco com as amigas, todas loucas e parecidas comigo, era que nós, sincronicamente, decidimos, ao mesmo tempo, que queremos namorar, acontece que nós também concordamos automaticamente que não temos o “perfil de mulher boa pra namorar”. Fomos enumerando: uma gosta de tomar cerveja e assistir futebol, outra fala mais palavrão que mano do morro, outra que briga feito homem, sem tirar a concordância geral, não gostamos de shopping, não falamos sobre a nova coleção da grife tal, não falamos sobre o que aconteceu no último capítulo da novela das oito, não nos importamos se as bolsas que estamos usando tem a ver com a moda do ano passado ou desse ano, o bafão da vida de não sei quem não nos interessa.

A conclusão foi unânime, não vamos deixar de ser quem somos, só para termos um perfil aceito socialmente como seguro para se ter um relacionamento. Aliás, o que adianta no final das contas deixar de sermos assim para sermos socialmente aceitos e sermos completamente infelizes com isso? Eu não estou disposta a dançar funk quando eu adoro Tori Amos, eu não estou disposta a parecer estúpida e feliz, quando eu sou inteligente e insatisfeita, eu não vou dizer quando bater o meu dedinho do pé no pé da mesa “ai doeu”, quando naturalmente eu vou soltar um “puta que pariu”.

Então, eu cheguei à conclusão, porque amado e querido todo mundo quer ser, mas agora terá sim de ser compatível ou do contrário, será impossível, porque acima de qualquer coisa eu decidi ser feliz. Estou num momento de reformas em minha vida e eu cansei de alcançar sempre os mesmos resultados, eu decidi por querer mais que isso, já que como o budismo diz que viver é sofrimento, então ao menos que seja um sofrimento novo. Eu estou reconstruindo a minha vida e refazendo planos, talvez daqui a algum tempo eu não terei mais os mesmos amigos, talvez eu não terei mais os mesmos contatos, mas ao menos eu vou ter comigo que eu realmente tive o poder de mudar algo em mim, algo difícil de ser mudado. E sinceramente, estou tão obstinada, que mesmo quando eu achar que estou carente demais, ou que não posso suportar, ou que talvez seja melhor aturar e agradar aos outros para ser aceito, eu vou preferir um comprimido de Fluoxetina ou Diazepan (Então, você enfiou a mão na sua bolsa procurando por uma substância amigável). Mas, irei, sem sombra de dúvida fazer diferente agora. Cansei de me contentar com pouco.

Agora entendam porque é a minha musica do momento! A Tori simplesmente canta a minha vida com as maluquices dela.


Curtain Call - Tori Amos (A tradução não está ao pé da letra)

Beleza de ébano

Atravesse essa sombra

que o espelho reflete

Então todas as vozes me chamaram de volta

"Isso é apenas circunstância, não é pessoal"

Oh não, nunca é.

Então você enfiou a mão na sua bolsa

procurando por uma pequena substância amigável

No momento em que você tiver 25 anos

Eles irão dizer "Você se foi e perdeu esta chance"

No momento em que você tiver 35 anos,

Preciso confessar, Você terá surpreendido a todos eles

Na hora certa, apenas mostre-se surpreso

quando eles te convidarem para receber os aplausos finais.

Você escalou as Muralhas da China

Seus aplausos finais.

Eu fiz o que fiz

e fui até as últimas conseqüências

Então as vozes me chamaram de volta,

"Não se trata de negócios, não, isso é mais espiritual"

é isso o que é

Então você enfiou a mão na sua bolsa

procurando por um pouco de proteção

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Bye

Sinto que um novo momento se aproxima, as coisas chegaram aonde chegaram porque eu mesma tenho feito escolhas erradas, não poderia ser diferente, tenho feito tudo do modo como eu sempre fiz, então eu não poderia esperar que os resultados fossem diferentes. Eu ainda continuo muito acomodada com a minha vida e tudo o que eu tenho que fazer nesse momento é encontrar o meio e a força para fazer tudo diferente agora.

Como sempre há uma ironia em todos os tons da minha vida, não poderia ser diferente também agora, o que eu quero eu não consigo e o que eu não quero parece ter vida própria e sempre me alcança. Sim, eu desejo que tudo seja diferente, mas não parece que é assim que os deuses têm desejado que seja. Mas, eu estou mesmo de saco cheio de ficar me lamentando e não vou fazer mais isso.

A questão é que eu tenho que aprender com os momentos difíceis, porque a vida é feita na realidade de conflitos e não de mar de rosas, todos nós estamos sempre buscando muito que tudo corra sempre de modo que não venha nos tirar de nossa acomodação rotineira, a partir do momento que a vida começa a cobrar para que a gente mude ou para que a gente faça algo porque não podemos ficar estagnados desse modo, nós choramos e esperneamos, quando o mais correto é seguir e agir nadando sempre a favor da maré.

É isso que eu vou buscar fazer agora, há muito tenho pensando no quanto eu tenho que aprender com as coisas, porém de agora em diante vou levar realmente a cabo duas Máximas Délficas, as quais eu sempre tive uma certa dificuldade em seguir:

- Beneficie a si mesmo

- Dê de volta o que recebeu

Eu estou num momento onde minha fragilidade tem me submetido a pessoas e situações em que eu não estou ganhando muito, tenho visto que eu estou sofrendo por muito menos do que eu realmente mereço. Todas essas coisas, além da doença de minha mãe e a minha própria, tem me feito pensar muito, porque também tenho me mantido muito sóbria nos últimos dias. Só está muito claro para mim a idéia de reciprocidade, não agirei mais de outro modo, me deu rosas, receberá rosas, me deu pedras, provavelmente receberá pedradas.

Enquanto espero amor de um lado, tenho recebido amor de outro lado que eu não esperava, a vida é de toda forma sempre assim. Talvez eu não devesse pensar desse modo, mas eu sei que eu devo levar minha vida da melhor forma possível de agora em diante e me encontrar será um caminho árduo, mas creio que muito proveitoso. Nada está exatamente da forma como eu gostaria que estivesse, mas se eu não mover uma palha para isso, tudo ainda permanecerá exatamente igual.

Estou deprimida e eu tenho bons motivos para isso, não me importa que muitos venham me dizer que eu não devia estar assim, eu não tenho me importado mais com isso, notei e aprendi que tudo faz parte da vida, até mesmo a depressão e embora as pessoas vêem isso como algo ruim, eu por outro lado tenho a visto como um modo de fazer crescer a mim mesma. É quando me sinto insatisfeita que eu entendo o que tenho que encontrar para me satisfazer. Mas, vou relaxar e seguir meu ritmo. Isso no final sempre dará num resultado e numa vida que eu não esperava mesmo, mas que me deixará bastante contente pela experiência.

E quanto todos aqueles sentimentos tristes que eu estou sentindo pelas as pessoas ao meu redor, vou colocar dentro de uma gaveta para depois ver isso, porque eu estou há muito aqui parada, chorando e reclamando pela pouca sorte, quando na verdade eu tenho mesmo é que agir. Eu tenho muitas coisas para conquistar e eu não posso ficar aqui parada.

E como diria Tori:


and I was ridin' by

ridin' along side

for a while till you lost me

and I was ridin' by

ridin' along till you lost me

till you lost

me in

The Rear

View

you lost me

I said

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Aí vem o sol

Quando a gente pensa que acabou, a gente não tem muita idéia de que é só o começo. Nessa manhã o sol quentinho toca minha pele e tudo o que ele me diz é que é o começo de um novo dia e que independente de minhas atuais idéias eu ainda não tenho certeza de nada, não posso prever ou saber o que todo este novo dia me oferece.
Então, não tenha medo de nada que pensa em fazer hoje, não tema nenhuma de suas decisões, porque elas podem ser o fim, mas também são o começo. E o sol canta uma linda musica essa manhã, ele canta que tudo pode ser tão novo e transformador como o é um novo dia.
Quando fazemos sempre as mesmas coisas, sempre alcançamos os mesmos resultados!
Vamos tentar diferente hoje!

domingo, 28 de junho de 2009

Tear in your hand

É impressionante como parece que ela sempre conta a minha vida cantando. Eu novamente me viciei nessa musica e sempre penso que quando ouço demais uma musica é porque ela está falando comigo de algum modo. Essa musica de algum modo fala um pouco de mim e egocentrica que sou adoro coisas que falam de mim, ainda mais tão perfeitamente como Tori sabe fazer.
Eu mesma fiz a tradução, então não se importem que esteja meio indígena.
Tear In Your Hand - Tori Amos
Lágrima em sua mão
Todo o mundo parou agora
Então você disse que nunca quer estar junto
Deixe-me respirar profundamente, querido
Se você precisar de mim, eu e Neil estaremos pendurados com o Rei do Sonho

Neil diz oi de qualquer modo
Eu não acredito que você está deixando
Eu e Charles Manson com o mesmo sorvete
Acho que é essa garota
E eu acho que há partes de mim que você nunca viu
Talvez ela tenha partes de mim que você nunca viu direito

Todo mundo é
Tudo eu sou
O negro do oceano sujo
E aquela lágrima em sua mão
Todo o mundo está pendente, pendente, pendente pra mim, querido
Você não conhece o poder que eu tenho com aquela lágrima em sua mão
Aquela lágrima em sua mão

Talvez eu não usei
Talvez esmagada no quarto frio
Corto minhas mãos
Sempre que toco você

Talvez seja tempo de acenar adeus agora
Tempo de acenar adeus agora

Pegue uma carona com a lua
Eu sei eu conheço você bem
Bem melhor do que eu conhecia
A névoa embaralha minha mente
No deslumbramento da razão, por que nunca poderia ter sido

Então você disse e eu disse e eu sei que você está cheio de desejo
E seu “baby, baby, baby, babies”
Eu te digo há partes de mim que você nunca viu
Talvez ela tenha partes de mim que você não viu direito

Todo mundo é
Tudo eu sou
O negro do oceano sujo
E aquela lágrima em sua mão
Todo o mundo está pendente, pendente, pendente pra mim, querido
Você não conhece o poder que eu tenho com aquela lágrima em sua mão
Aquela lágrima em sua mão

sábado, 27 de junho de 2009

Nuvens

Abro a boca pela vigésima vez em menos de vinte minutos! Sinta isso porque tudo parece mais bonito, porque eu estou cantando, cantando aquela velha musica que diz mais sobre mim do que eu mesma poderia dizer. Eu queria dar um pedaço desse bolinho estrelado pra você também, eu queria.
Mais um que sai correndo da estrada enlouquecido, não que isso seja novidade, mas isso realmente me deixa apavorada. Oh, Deuses, o que tem de tão terrível que eu não enxergo? O que há de tão tenebroso nesse caminho? Porque, vocês sabem, e eu também, que eu gosto mesmo daqui, eu gosto muito daqui e não entendo qual a dificuldade de caminhar sobre essa estrada.
Mas, amor, encha um pouco mais esse cálice com o seu veneno, porque ele simplesmente me enlouquece, sim ele me alucina e eu gostaria mesmo de ser agitada por um turbilhão de idéias novas. Porque, meu bem, eu preciso, eu preciso renovar tudo por aqui. O vento sopra tão frio às vezes, e às vezes eu procuro algo além de mim em minha cama.
Algumas coisas não mudam nunca, eu ainda me enojo vendo as pessoas fugirem assustadas, não por fugirem assustadas em si, mas por me lembrar de uma idiota fase da vida em que eu mesma agia assim. Que tipo de glória leva um covarde em seu coração? Que tipo de autonomia tem alguém em sua própria vida quando espera os outros irem embora, mesmo quando não suportam mais que fiquem? Que diabos de mundo vivemos que não conseguimos entender nem o que se passa em nossa mente insana?

Mais uma bebida, por favor.

Aqui do alto da montanha parece que é fácil saber que rumo as pessoas estão dando para suas vidas. E às vezes, só às vezes eu desejo que alguém um dia me surpreenda subindo aqui no topo dessa montanha para ver o mundo girar comigo. E enquanto o vento sopra terrivelmente frio, eu só penso em desejar cobrir minha orelha com um pedacinho da coberta e saltar da cama só amanhã de manhã.
No que você acredita? Diga: no que você acredita? Não há estrelas no céu porque justo hoje em que eu estava disposta a ver meu futuro nelas, elas resolveram ir a uma festa super badalada no mundo das estrelas. E todas essas nuvens indispostas dizem somente para aproveitar o inverno. Aproveite o dia! Aproveite o inverno!
Você consegue sentir isso? Você consegue entender esse mundo? Você conseguiria falar comigo por três minutos? Porque, meu bem, as nuvens nunca mentem, elas realmente não gostam de mentir e eu odiaria te ver fraquejando, eu odiaria ter de contar uma história triste e sem honra. Se esse caminho tem um coração, então ele se renova, ele sempre se renova. Eu estou com medo, sim eu estou com medo, não das coisas que eu vejo, mas das coisas que eu penso...
Então, vamos fazer tremer o mundo, esqueça esses dias cinzentos, porque nós podemos pintar o sol hoje e enquanto eu estiver com ele, fecharei meus olhos, sim eu fecharei meus olhos e me lembrarei de você. Porque é assim que as coisas são! Assim as coisas são! Mas, por favor, não pare seu carro tão longe, não tão longe! Ainda tem uma estrada inteira para percorrer! E lembre-se tola menina de cabelos vermelhos, você colherá exatamente aquilo que semear.
Tolas nuvens!

domingo, 14 de junho de 2009

Don't Let me down

Ontem o passado atravessou diante de mim e assim como o vento gelado que cortava meu rosto, eu senti o gosto amargo de ser quem eu sou. Eu prossegui, mas os olhares se cruzaram quando nos voltamos para trás, passado e eu. E os sussurros que se seguiam no vento diziam abruptamente para me lembrar que eu jamais devo dar mais do que eu recebo. Se tendermos ser justos, começamos então sermos justos com nós mesmos.
Alguns dão sangue, eu dei amor e isso pode custar mais caro que sua própria vida. Eu não estou disposta. Você me ouviu? Não estou disposta! Mas, o passado bafora em minha nuca, dos túmulos eternamente silenciosos, de todas as coisas não ditas e do ódio que rasga a carne como quem rasga um pequeno papel barato. Então, me olhe nos olhos! Por que não pode olhar em meus olhos? Por que tem de evitar os meus olhos?
Então, na verdade eu quero que se dane qualquer coisa que qualquer pessoa pode pensar de mim, novamente eu estou encarando os fatos e deixando de ser uma menina tão bobinha quanto pareço ser. Por que eu devo aceitar e esperar tão pouco? Tão pouco de você. Tão pouco de mim. Imponha-se, exalte-se, grite todas aquelas coisas que estão te engasgando, vomite essa bola que está em seu estômago. Por que não se sente no direito?
E ler o que eu escrevo me entristece! Porque como eu aprendi ser corajosa, sempre espero que todos ao meu redor sejam e não é assim que o mundo funciona, não é assim que as coisas são. Na verdade eu estou com medo, eu sinto medo de ainda estar presa ao passado, tenho medo de estar mentindo para mim mesma, de estar acreditando e esperando que as pessoas sejam mais do que realmente são. E todos os dias eu faço uma prece, para que haja ao menos uma pessoa, UMA pessoa ao meu lado que não tema ser ela mesma, que não busque por aceitação, que se imponha diante da vida.
Mas, meus olhos que não deveriam julgar nada, sempre recaem em coisas fracas como aquele a quem chamo de meu passado, porque por algum sentimento prepotente eu ainda me vejo entre os melhores, e como agora, onde eu vejo que contemplei por longo tempo o que era fraco e inútil, penso que talvez eu não seja nada disso que eu penso que sou, que essas pessoas e esse passado são somente uma espécie de espelho daquilo que mais amei e repudiei. E eu estou triste e tudo o que me restará será caminhar contra o vento sentindo o sabor daquilo que sou. E eu me contradigo novamente, porque dei sangue e não amor.
Eu sei o quanto é difícil tudo fazer para agradar e mesmo assim não conseguir, eu sei o quanto é pesado se anular para fazer a vontade alheia prevalecer, eu sei o quanto é penoso e enlouquecedor esperar que o outro note nosso grande sacrifício e eu sei bem onde essa história termina, comprovei isso no divã de meu psicólogo. E eu me cansei desses jogos baratos e de pessoas que desvalorizam outras, seja por suas dificuldades, por sua classe, por seus próprios parâmetros e eu me pergunto: Eu mesma não estou fazendo isso?
Não se prenda em meu tom amargo, eu realmente estou triste hoje e eu realmente queria explodir com o mundo hoje e estou no meu direito de dizer tais coisas, enquanto me irrito por ainda dar tanto valor para coisas que não possuem valor algum. A fealdade do mundo, a decepcionante fraqueza do mundo parece estar roendo meus ossos e isso talvez significa que ela também está dentro de mim.

sábado, 13 de junho de 2009

Welcome To England

Obrigada pela musica, você é muito doce sempre, sabe que eu adoro Tori e sabia que eu iria adorar a musica, e adorei mesmo! Obrigada mesmo!
But...

Enquanto eu o deixava naquela estação de metrô e seguia adiante colocando os fones em meus ouvidos eu não tinha muito que pensar. Eu gosto do metrô, não há nada para se fazer dentro do metrô exceto degustar a musica que explode nos fones de ouvido conectados ao celular e pensar. Você sempre sabe que nada do que você pensa dentro do metrô faz muito sentido e você sabe que quando você está pensando no metrô, na verdade está evitando todos aqueles olhares que deitam sobre você e sua esquisitice de se chacoalhar quando gosta demais de uma musica.

Às vezes tenho a sensação de que eu sou um pequeno portal para o mágico mundo paralelo, então a musica que eu ganhei de presente (agora minha) faz o maior sentido, aliás eu estou sempre desejando o seu sol, desejando que traga um pouco de sol, o suficiente para todo mundo, você me ajudará a mudar o mundo dessa forma. Ah, eu admito que eu também gostaria de prolongar mais e mais a conversa no telefone, daqui de dentro de meu mágico mundo paralelo.
Penso que sou prepotente o suficiente para acreditar que eu posso mudar o mundo, enquanto vou deixando minha própria vida escorrer por meus dedos sem que eu a pudesse tocar. Você me entende? Você me entende? E às vezes quando eu penso nisso eu tenho vontade de chorar, porque às vezes e só às vezes eu sinto que eu não sou sincera suficiente comigo mesma.

Mas, deitemos mais uma vez uma oferta aos deuses, trata-se do que realmente viemos fazer aqui e acho interessante como os berros e tapas sobre a mesa, de uma mulher ensandecida, pode nos trazer ao susto, por algum minuto, de volta ao mundo. E assustada eu penso que eu ainda estou aqui e fico irritada porque ela com seus berros constantes não me permitem voltar de novo para lá. E o vento, o vento estava tão frio e por um momento eu posso julgar que eu estou certa em meus pensamentos e, querido, isso não me parece muito bom. Porque eu estou muito certa sobre o que penso, só não sei dizer se o que eu penso é certo. Mas, o tempo, ah o bom e velho Cronos, sempre nos conta a verdade.

Minha velha irmã parece não se cansar de berrar do outro lado da linha que meu orgulho quase sempre é contra-produtivo, eu mesma sou contra-produtiva, em especial, todo o tempo, mas eu não me importo tanto assim com todos esses defeitos que eu tenho. Tenho reclamado menos de minha vida e de mim mesma aos deuses, também não tenho feito nada de grandioso. Somente sei que ainda continuo adiando coisas importantes e quando você sem querer diz exatamente o que eu devo ouvir, eu me jogo a defender o pobre mendigo. E essa lição é tão valiosa, tão preciosa, que eu queria simplesmente apagá-la.

O vento está frio hoje, logo estarei novamente com os fones nos ouvidos, pensando nas baboseiras que os deuses gostam de sussurrar em meus ouvidos quando eu estou sonhando, e penso encantada, que estou pronunciando um encantamento enquanto eu escrevo... Isso quer dizer alguma coisa? Claro que não, eu nunca quero dizer nada e eu sempre digo o que quero, esse é o meu jeito, é assim que as coisas funcionam nesse universo paralelo que sou eu. Mas, eu quero que saiba, que eu estou esperando, esperando por sua força, esperando que você traga seu próprio sol (como a musica). Bem-vindo ou volte sempre? Só Cronos para dizer!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Reiniciando

Resolvi apagar todo o In My Chaos anterior. Chegou o momento de renovar a vida e muitas coisas ali não tinham mais a necessidade de ser ou de estar ali. Sempre entro nesses momentos da vida em que penso que tudo deve ser renovado e já que estou em tempos de renovação achei melhor começar tudo outra vez por aqui.
Arrumar a casa! Momento de arrumar a casa, as coisas estão diferentes agora e eu acho que devo preservar por isso e encarar todas essas coisas novas. Como uma boa andarilha, esse é o momento de dar as costas para tudo aquilo que não serve mais e que nem tem mais que ser. Acho que estou novamente naquele momento em que tenho que ser corajosa o suficiente para ser digna das bênçãos que os deuses estão me concedendo. O que será daqui pra frente eu não sei, mas tenho certeza de que nada mais será o mesmo.
Quando criei esse blog pela primeira vez, eu quis que ele fosse meio que meu diário virtual, nem sei se eu consigo ser tão aberta assim, mas não tenho o menor medo do julgamento alheio, como a boa frase feita diz: “o que você pensa de mim é problema seu”. E só por isso eu estou iniciando tudo novamente. Essa é só uma pequena explicação porque o In My Chaos anterior foi destruído!

Welcome to In My Chaos again.